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A Infodemia e os impactos na vida digital: confira o estudo da Kaspersky sobre o assunto.

mai 24, 2021, 14:37 by Equipe de Comunicação Aplex

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A pesquisa foi desenvolvida com usuários de dispositivos móveis de seis países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru, e revelou o comportamento sobre cibersegurança, compartilhamento de notícias, entre outros temas.

A pandemia do Covid-19 levantou diversas pautas ao longo do ano, mas uma delas foi o excesso de informações vinculadas ao vírus e o impacto delas em nossa saúde mental. A infodemia, uma mistura de informação e epidemia, não é um termo novo, foi usado pela primeira vez pelo jornalista e cientista político David Rothkopf, em 2003, em sua coluna do Washington Post.
 
O termo se refere a uma disseminação rápida e amplo alcance de informações precisas e imprecisas sobre um determinado assunto. À medida que fatos, rumores e medos se misturam e se espalham, torna-se difícil compreender até mesmo as informações mais simples sobre o tema. No contexto da SARS e do Covid-19, esse fenômeno tornou o combate à crise sanitária mais difícil de controlar e conter. As consequências da infodemia foram vistas também na economia nacional e internacional e na política – mas que outras áreas da nossa vida foram afetadas?
 
Isso já afeta nossa segurança online? As evidências nos fazem pensar que sim, como o uso massivo de software pirateado e senhas fracas e os comportamentos das pessoas, como aprovar permissões de acesso para um novo programa sem revisá-las ou desativar a proteção do telefone celular para poder baixar um novo aplicativo.
 
A pesquisa teve como intuito explorar os efeitos que a infodemia teve sobre os internautas da América Latina em relação à sua saúde mental e emocional, capacidade de tomar decisões com base em informações, reconhecer notícias falsas e adotar hábitos de segurança online para proteger sua identidade / privacidade. Realizado de forma online pela CORPA entre fevereiro e março de 2021, a pesquisa foi desenvolvida com usuários de dispositivos móveis (smartphones e tablets) de seis países da região: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru. Foram entrevistadas 23582 pessoas entre 25 e 65 anos de idade. A amostra foi distribuída em proporções semelhantes entre homens e mulheres e entre grupos etários (20 a 35 anos, 36 a 50 anos e 51 a 65 anos).
 
Os dados foram revisados para serem regionalmente representativos e consistentes.
Principais conclusões:
 
 

CONSUMO DE NOTÍCIAS

 
• Brasil é o país que consome mais notícias e o México, menos.
• As principais fontes de informações são as redes sociais e telejornais.
• No Brasil é onde a imprensa mais ajudou a tomar decisões e, na Argentina, onde menos.
• O Chile foi onde a imprensa mais ajudou os cidadãos a encontrar informações sobre os benefícios sociais – e na Argentina onde menos.
• O Brasil é onde a mídia mais ajudou as pessoas a saber sobre o funcionamento dos serviços e a Colômbia onde menos.
 

NOTICIÁRIO SOBRE A COVID 19

 
• O Chile é o país onde mais afirmaram ter diminuído o consumo de notícias e o Brasil onde menos diminuíram.
• Os motivos mais citados em todos os países para isso foram “estresse”, “sensação de pessimismo” e “depressão”.
• A maioria dos pesquisados sentiram-se saturados pelo excesso de informação, sendo a Colômbia onde isso mais ocorreu e o México onde menos.
• Os temas que mais saturaram as pessoas nos países pesquisados foram a contagem de infecções/mortes da Covid-19, as notícias sobre prevenção do vírus (exceto no Chile) e os noticiários locais.
 

INFORMAÇÃO FALSA

 
• Uma parte importante dos pesquisados não sabe a origem do vírus.
• Um número significativo dos entrevistados acha que o vírus foi criado em laboratório.
• A maioria não sabe o que é Deepfake, sendo a Colômbia onde mais se sabe sobre o tema e o Peru onde menos.
• No Chile, México e Argentina, a maioria baixa as informações ao compartilhar uma notícia falsa.
 

CIBERSEGURANÇA E O COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES

 
• A maioria das pessoas está preocupada com a sua segurança online, sendo os peruanos os mais preocupados e as argentinos os menos.
• Em todos os países pesquisados, os temas de segurança online mais relevantes são a proteção do dispositivo, a proteção de aplicativos/softwares e a segurança de redes sociais.
• Em quatro dos países pesquisados, o excesso de notícias não teve impacto sobre o desempenho no trabalho. Porém, nos outros dois as respostas mostraram que as pessoas passaram a dedicar mais tempo ao trabalho como um meio de escape.
 

INFORMAÇÃO E SEGURANÇA NO TRABALHO

 
• Exceto no Brasil, a maioria das pessoas compartilham notícias com os colegas de trabalho.
• Entre aqueles com afirmaram compartilhar notícia no ambiente de trabalho, o fazem um ou dois dias por semana. No Brasil é onde a maioria das pessoas que compartilham notícias no trabalho todos os dias e o México onde menos.
• Links de sites é o formato em que as notícias são mais compartilhadas na maioria dos países.
• Aplicativos como WhatsApp são os mais usados em todos os países para compartilhar notícia.
• A maioria afirma ainda usar os dispositivos corporativos para acessar e compartilhar notícias.
• A maioria afirma não baixar aplicativos ou software em dispositivos corporativos.
 
O estudo “A infodemia e os impactos na vida digital”, segundo os pesquisadores, reforça o papel das redes sociais como meio de comunicação e fonte de informação, especialmente o WhatsApp. Por outro lado, a capacidade do internauta em reconhecer notícias verdadeiras e falsas e conteúdos digitalmente alterados preocupam os especialistas de segurança da Kaspersky. Por outro lado, os resultados mostram também como as redes sociais foram essenciais para garantir o acesso às informações para o combate a pandemia.
 
Já os resultados sobre segurança digital surpreenderam. Apesar de muitos latino-americanos afirmarem estar saturados com o excesso de informações, muito deles se interessaram mais sobre proteção de dados (linkar proteção de dados da Aplex) durante a migração para o trabalho em casa – infelizmente a Argentina parece como uma exceção nisso. Apesar da boa notícia, comportamentos digitais inseguros mostram o quanto esses internautas podem estar expostos a golpes online ao usar as credenciais das redes sociais em serviços online e ao armazenar suas credenciais com uma captura de tela. 
 

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 Fonte: Pesquisa: a infodemia e os impactos na vida digital (kaspersky.com.br)

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